domingo, 19 de junho de 2016

Conclusões ao rever O Túnel do Tempo na ordem correta (coisa que, creio, nunca acontecia na TV)


1) A série ainda é divertida, graças a seus episódios curtos e cheios de ação quase ininterrupta;

2) Os dois protagonistas são emocionalmente instáveis. Tony Newman, em particular, é um histérico, sempre gritando por qualquer motivo e querendo convencer na base da porrada todo mundo a fazer o que ele acha certo;

3) O conceito de paradoxo temporal parece inexistir. "Estamos no Titanic!" "Beleza, vamos evitar que ele afunde e salvar todos os passageiros". Manter a consistência de causa e efeito da História era besteira. O lance era "corrigir os erros do passado" e danem-se as baleias;

4) A primeira coisa que os dois viajantes do tempo falam para qualquer um, sejam mocinhas casadoiras, viúvas bonitinhas ou japoneses que vão bombardear Pearl Harbour é "viemos do futuro e sabemos tudo o que vai acontecer". Depois estranham que todo mundo queira bater neles ou os mandar para o paredão como espiões;





5) Ninguém ia ao banheiro ou fazia as refeições. Tony e Doug pulavam do fogo para a caldeira sem descanso e, pior, o povo do Túnel também não sabia o que era uma noite de sono e sequer tomavam um cafezinho;

6) O diabo do Túnel só funcionava direito quando não devia. Quase que o cometa Halley adentra pela sala de controle, mas necas de trazer os dois manés;

7) De todos os absurdos da série (e olha que tem aos montes), acho que o que mais me incomodou foi a eficácia de golpes de judô na… Lua. Ippon no Mar da Tranquilidade!

8) Todo mundo que trabalha ou visita o Túnel é ignorante em qualquer ciência por mais básica que seja. É infodump pra tudo que é lado o tempo todo, com um "as you know, Bob…" atrás do outro. Porque, vocês sabem, o público deve ser muito, mas muito burro mesmo;

9) Doug Phillips é uma máquina de definição historico-geográfica. Mal chegam a um cenário novo, ele olha em torno, observa as plantas, dá uma cafungada no ar e declara onde e quando estão com 100% de acuidade, em menos de um segundo.

10) Uma vez começado, é impossível parar. Ô série hipnótica!

2 comentários:

Leonardo Peixoto disse...

Como é bom ver artigo novo em seu blog :) E valeu por apresentar essa série , curto muito programas antigos :)
Mudando de assunto , li um comentário seu de 2009 dizendo que haverá mais steampunk em A Mão Que Pune ! Será que você pode contar um pouco mais sobre a continuação de A Mão Que Cria ?

Octavio Aragão disse...

Oi, Leonardo. O romance A Mão Que Pune está pronto – dependendo apenas de uns retoques no penúltimo capítulo que estão me tomando mais tempo que o imaginado, mas está pronto. Sim, tem muito, mas muito mais steampunk que em A Mão Que Cria, pois toda a história se passa no século 19. O projeto original era de um romance em três partes (uma no séc. 19, a seguinte durante a Primeira Guerra Mundial e a última no século 21), mas o século 19 ficou tão importante que garantiu um livro só para ele, logo, trata-se de um romance especificamente steam. Posso adiantar que, diferente de A Mão Que Cria, que se baseava nos oceanos, teremos muitas máquinas voadoras e algumas batalhas aéreas, com algumas novidades. Adianto que, se você acha que sabe o que virá (ou sobre o que trata a história), ficará surpreso.